27 de agosto de 2012

ONGs presentes na Brazil Promotion

Objetivo é mostrar como as entidades podem ser úteis ao segmento de marketing promocional

Com o intuito de incentivar ações sustentáveis no setor de marketing promocional, a Brazil Promotion viabiliza a participação de Organizações Não-Governamentais (ONGs) de forma gratuita, para que elas apresentem suas soluções para o mercado. Segundo os responsáveis pela feira, o objetivo desta ação é mostrar o trabalho dessas entidades e como elas podem ser úteis ao segmento de marketing promocional, além de viabilizar a geração de receitas, uma vez que elas estarão em contato direto com o público-alvo como possíveis compradores e interessados. 

Para Auli De Vitto, Diretor da Forma Editora e da Brazil Promotion, “os produtos desenvolvidos pelas entidades do terceiro setor têm grande aceitação por parte das marcas compradoras, pois agregam valor na ação de relacionamento com o cliente final, pela mensagem social que os acompanham”.

Pela primeira vez na feira, a Associação Ponto Solidário deseja levar os conceitos de brasilidade, sustentabilidade e ecologia para o mercado promocional. A associação está com uma ampla linha de presentes ecológicos e sustentáveis para empresas e busca, por meio da participação na Brazil Promotion, uma maior divulgação dos produtos.

A Associação Ponto Solidário trabalha com produtos desenvolvidos por mais de 100 comunidades e a Coordenadora Administrativa Odile Sarue explica que, com encomenda, todos os produtos podem ser produzidos em grande escala. “As comunidades precisam de um adiantamento para poder produzir em grande escala e a Associação viabiliza essa produção. As peças podem ser personalizadas com etiquetas das marcas confeccionadas na associação e, caso seja de interesse da empresa, é possível colocar frases ou textos”.

A Armazém das Oficinas apresentará peças utilitárias e decorativas, produtos em papel artesanal, papel reciclado, mosaico, madeira, vidro, ferro e tecido, kits para escritório, em vários acabamentos e técnicas, kits ecológicos, entre outros. “A participação em uma feira do porte da Brazil Promotion tem sido fundamental para dar visibilidade ao projeto e divulgar os produtos. A cada ano temos retorno de empresas que nos procuram para oferecer brindes diferenciados, pois expomos produtos artesanais, o que é um diferencial na feira”, avalia a Diretora Cleuza Ogera Cayres.

A Rede Papel Solidário participa pelo quinto ano consecutivo e, de acordo com a presidente Leila Novak, fazer parte da feira foi um divisor de águas para o Instituto Papel Solidário no quesito visibilidade institucional. “Para os membros da Rede, é uma oportunidade de relacionamento comercial para o ano inteiro”.

Novak explica que antes o próprio Instituto Papel Solidário comercializava os produtos e serviços diretamente, mas com o crescimento tornaram-se uma rede intitulada Rede Papel Solidário, na qual cada membro é responsável pela comercialização de seus produtos e serviços. “Dessa forma, o espaço da feira é destinado a todos os membros que se inscreveram para participar e todos colaboram com a montagem e organização. Neste ano, a organização esteve a cargo da IPS Comércio”.

Para a Rede Papel Solidário participar desse evento de grande porte abre possibilidades infinitas de relacionamentos, não apenas comercial, mas também social e ambiental, pois conseguem se conectar com empresários e também visitantes que tenham interesse em colaborar de alguma forma para as causas sociais e ambientais, que são os objetivos da rede.

Qualquer empresa pode (e deve) ser membro da Rede Papel Solidário. “No caso de empresas, seu papel na rede é de membro viabilizador, ou seja, que atua para viabilizar o crescimento das ONGs como membros executores da rede. Além disso, temos vários membros com produtos que podem ser transformados em matéria prima para brindes promocionais e a feira consegue fazer essa conexão”, explica a presidente.

Entre os produtos desenvolvidos, a “tabela de jogos” impressa em papel semente de grama pode ser uma opção adequada e ambiental para os jogos da Copa do Mundo. Uma vez terminado o campeonato, uma tabela comum não tem mais valia e nesse formato é possível plantá-la, levando a germinação de alguma planta, flor ou tempero, dependendo do papel semente que for utilizado.

O papel semente também pode ser utilizado por empresas patrocinadoras de jogos. Recentemente, a rede realizou um projeto de patrocínio para uma Copa (foto). Mas além da grama, há outros tipos de sementes e, visualmente, não há diferença perceptível entre os papéis. 

O Instituto Asta, também presente no evento, levará a coleção “Rio + Asta”, inspirada na cidade do Rio de Janeiro e que traz peças exclusivas. Os produtos são elaborados e desenvolvidos por 50 grupos de artesãos e as vendas beneficiam diretamente mais de 700 trabalhadores de comunidades de baixo poder aquisitivo no País.

A proposta do Instituto Reciclar para este ano é transformar o cliente em ativista de uma causa. A ONG atua na capacitação profissional para atividades com reciclagem de papel da comunidade do Jaguaré, zona Oeste da cidade de São Paulo. Durante a feira, cada cliente será informado no ato da compra de que o valor pago será investido na profissionalização de jovens carentes. A entidade tem como objetivo agregar valor aos produtos, otimizando o investimento das empresas-clientes em cada peça produzida pelos jovens beneficiados.

A ONG Cruz Verde leva sua linha artesanal, que utiliza filtros de café reciclado no acabamento de caixas personalizadas e de artigos de papelaria. Os produtos são elaborados por voluntários e tem sua renda destinada à manutenção do trabalho com crianças portadoras de paralisia cerebral grave em três unidades: Hospital, Hospital-Dia e Ambulatório. 

Os filtros utilizados são coletados nas comunidades atendidas e junto às famílias de pacientes beneficiados pela ONG. Juliana Pádua, da equipe de marketing, relata que “por meio de um programa educativo, capacitamos os artesãos para confeccionar as peças com muita criatividade”.

O Ateliê de Criação Damatecor levará para essa edição opções de brindes para empresas produzidos artesanalmente por Organizações. Entre os destaques estão as caixas com sementes de açaí e bolsas feitas de Tetra Pak, todas desenvolvidas por ONGs. Giuliana Sguario relata que já foram produzidas caixas com semente de açaí para a empresa Surya Henna e os responsáveis pelas aplicações das sementes são jovens da ONG Jovem Caminhar, em Parelheiros.


*Imagem: Impressão em papel semente de grama pode ser uma opção adequada e ambiental para os jogos da Copa do Mundo - Rede Papel Solidário.

Fonte: http://www.promoinsights.com.br

18 de julho de 2012

O que ficou da Rio+20


É bem verdade que tudo não passou de um encontro social, não no sentido político, mas no sentido de entretenimento mesmo. Vieram com tudo pago para simplesmente se divertirem um pouco. Sair da rotina de obrigações políticas não poderia ser em outro país, tinha que ser no país da malandragem. Porque aqui onde tudo é permitido, devem ter imaginado que a maior dificuldade que poderiam encontrar seria uns míseros esfarrapados fazendo barulho pelos seus direitos.  Devem ter deixado nosso país fazendo sarcásticas declarações de agradecimento, coisas do tipo: “_ Obrigado por sustentar meio passeio e contribuir para o meu desenvolvimento cultural!”
Hoje, quase um mês após a Rio+20, o que ficou foi a sensação de que foi tudo em vão. Mas acreditem, NADA É EM  VÃO. O documento pode ter sido um fiasco, a própria conferência pode ter sido uma fanfarrice,mas não podemos esquecer do principal: despertamos a população global. Chamamos a atenção do mundo para uma verdade: o rumo do planeta só depende de nós, ESTÁ EM NOSSAS MÃOS.
Se todos que globalmente foram alcançados pelos noticiários sobre a Rio+20 entenderam sua principal discussão, então VALEU A PENA.



                                                   Cúpula dos Povos - Aterro do Flamengo



                                                Exposição Humanidade - Forte de Copacabana




Obs.: Mais fotos em Imagens.

2 de junho de 2012

Exposição "A Terra vista do céu" ocorre no Rio de Janeiro







Depois de ter rodado o mundo, chega no Brasil para a abertura da Rio+20, a exposição "A Terra vista do céu", do fotógrafo e ativista francês Yann Arthus-Bertrand.
As 130 imagens de 2m x 1,40m expostas na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, mostram cenários de devastação ao redor do globo, mas também revelam belezas de lugares pouco desbravados pelo homem.
Para completar a exposição, onze imagens inéditas da cidade sede do Rio+20 estarão a mostra. A praia de Ipanema, piscinão de Ramos e morro da Coroa foram alguns dos cenários clicados pelo francês.

A mostra de Yann Arthus-Bertrand é a céu aberto e ficará no Rio até dia 24 de junho, dois dias após o encerramento da Rio+20.


A exposição, que já rodou o mundo e foi vista por 120 milhões de pessoas em 110 países, desembarca na cidade carioca e traz ao público imagens inéditas tiradas também no Rio de Janeiro, como a praia de Ipanema, o piscinão de Ramos e o morro da Coroa no centro.

O documentário "Planeta Oceano" de Arthus-Bertrand também será exibido junto com a exposição, no dia 29 de junho, no cinema Odeon, e fará parte de uma série de filmes voltados para causas ambientais que serão exibidos durante e depois da Rio+20. O próprio fotógrafo é um dos idealizadores do festival e pretende abrir debates e dicussões sobre o assunto.

As emissões relativas ao evento serão compensadas através de um projeto de restauração florestal na bacia hidrográfica do rio São João, no âmbito do projeto "Corredores Florestais" da Associação Mico Leão Dourado.



Arthus-Bertrand
O francês começou sua carreira como fotógrafo ambiental há 20 anos, quando se interessou pela Eco 92, conferência que antecedeu a Rio +20. Com interesse em causas ambientais, começou a tirar fotos aéreas em helicópteros e balões de paisagens danificadas pelo homem como maneira de protesto, além de imagens de belezas naturais do planeta.

Fonte: Google.

28 de abril de 2012

Inovação e sustentabilidade: como unir esses dois pólos?





O gigante norte-americano Wal Mart sempre foi conhecido por ser um dos principais varejistas do mundo e por estar focado na eficiência da sua operação, crescimento e lucro. Tendo como principal diferencial a estratégia de preço baixo, até pouco tempo aparentava não se preocupar com mais nada além disso. Não demostrava nenhuma preocupação com a sociedade ou o meio ambiente e, assim, não dava motivos para ser considerada extremamente diferenciada de sua concorrência.
Porém, com o passar dos anos ficou evidente para os líderes do Wal Mart que a situação deveria mudar se a empresa desejasse se manter no topo do seu ramo de atuação. Afinal, depois de fazer algumas pesquisas com clientes e ex-clientes, a companhia descobriu que uma boa parcela de consumidores deixava de comprar lá por causa de certas “atitudes” (ou falta delas).
Assim, em 2005, o Wal Mart desenvolveu um plano de sustentabilidade que o tornou um pouco mais verde e de quebra mais inovador, pois aproveitou a onda para repensar também tudo o que se refere à inovação dentro da organização.

Na prática
De lá para cá, três grandes metas foram estabelecidas:
● Ser alimentado com 100% de energia renovável;
● Não desperdiçar nada em toda a cadeia de produção e vendas;
● Vender produtos que mantenham os recursos próprios e o meio ambiente.
Para conseguir isso, o Wal Mart fechou parcerias com fornecedores dos mais diferentes segmentos que puderam contribuir para que os objetivos fossem alcançados.
Para a primeira meta, a organização buscou combustíveis alternativos, revisou suas estratégias de logística para alterar procedimentos que não contemplassem a preocupação com a energia renovável e encontrou parceiros nas áreas de design, energia, construção e manutenção que também têm essa mesma preocupação.
Para alcançar o segundo objetivo, o Wal Mart repensou a forma como embala o que vende e repensou seus departamentos de operações e aquisições.
E para ver a terceira meta se tornando realidade trocou fornecedores em diversos segmentos nos quais trabalha procurando sempre optar por aqueles que oferecem produtos sustentáveis.

A ideia
Este exemplo de uma empresa de grande porte mostra que é possível mudar comportamentos “tradicionais” e passar a se preocupar mais com a inovação e a sustentabilidade dentro de uma organização. O importante é, antes de mais nada, entender que não basta simplesmente inovar ou se preocupar com a sustentabilidade. É preciso levar os dois conceitos juntos.
Como afirmou a publicitária Christina Carvalho Pinto no 1º Debate de Sustentabilidade HSM , que aconteceu em meados do ano passado, é preciso haver um equilíbrio entre o poder masculino e o poder feminino, Yin e Yang. “Inovação é Yin e ação é Yang. Elas se complementam. Tudo ficou muito Yang e precisamos resgatar o poder feminino, nos permitir acolher e fertilizar as ideias”.
Não separe o que deve estar unido. Lembre-se disso e faça da inovação e da sustentabilidade dois pilares fundamentais para o sucesso da sua organização.

Dicas práticas
● Identifique quais são os problemas na sua cadeia de produção no que diz respeito à sustentabilidade;
● Debata com seus colaboradores possíveis soluções para esses problemas;
● Encontre fornecedores que tenham as mesmas preocupações que você;
● Estabeleça metas que, ao cumpridas, farão a sua empresa mais sustentável e inovadora;
● Incentive seus colaboradores a compartilharem ideias que podem tornar sua empresa ainda mais sustentável – e, porque não, inovadora;
● Esteja sempre atento ao que seus concorrentes ou até mesmo empresas de outros segmentos estão fazendo para se tornar mais sustentáveis e procure aprender com elas;
● Lembre-se sempre dos motivos que o levaram a começar essa mudança. Assim, não vai ser uma dificuldade qualquer que vai fazê-lo desistir.
Com isso em mente é começar a agir. Os resultados desse trabalho serão evidentes. Sua empresa se tornará uma organização melhor e com isso até mesmo os resultados financeiros melhorarão. Não custa tentar, não é mesmo?

Fonte: site HSM

Nota:
A adoção desta estratégia do Wal Mart, apesar de não ter sido mencionado na matéria acima, ajuda principalmente a fomentar a sustentabilidade das  associações e cooperativas de reciclagem uma vez que o "greenwash" funciona também para introduzir nos seus stakeholders a preocupação com o meio ambiente e os mobiliza à prática da separação do lixo e entrega para coleta seletiva, cujo destino final são os galpões de reciclagem destas associações e cooperativas. O resultado disso, nem precisa dizer: o meio ambiente e as famílias que vivem desta fonte de renda agradecem. por Renata Pio

 “O desafio é inovar os modelos de negócios e aplicá-los para produzir os resultados sociais desejados com economia e eficiência. Podemos criar uma alternativa poderosa: um setor privado movido pela consciência social, criado por empreendedores sociais".
 Muhammad Yunus
 Ganhador do Prêmio Nobel da Paz

12 de abril de 2012

VI Encontro Nacional do FORTEC lançará catálogo com Tecnologias Verdes disponíveis

O VI Encontro Nacional do FORTEC acontecerá em Belém do Pará, entre os dias 17 e 19 de abril e terá como tema: ECONOMIA VERDE, NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS.
O VI FORTEC será focado na INOVAÇÃO através do desenvolvimento de “Tecnologias Verdes”. Para isso o FORTEC abriu uma chamada e todos os associados enviaram suas tecnologias disponíveis para serem apresentadas ao setor empresarial. O objetivo é criar um catálogo de “Tecnologias Verdes” disponíveis a parcerias ou licenciamento. O Catálogo será lançado no VI Encontro Nacional do FORTEC. Trata-se de uma importante oportunidade para que o conjunto dos NITs brasileiros apresentem as tecnologias ambientais ou sustentáveis desenvolvidas em suas Entidades de Ciência e Tecnologia, de modo que seja produzido um documento síntese que possa ser amplamente divulgado, pois com a RIO+20, o mundo estará olhando para o Brasil como um importante protagonista na proposição de soluções para as questões da economia verde e da sustentabilidade socioambiental. Espera-se, para essa edição do FORTEC, a participação de cerca de 700 profissionais entre gestores e representantes de Núcleos de Inovação Tecnológica, representantes de órgãos governamentais e de gestores de inovação atuando no setor empresarial, além de especialistas nacionais e internacionais que compartilharão suas experiências e abrirão espaços de discussão em torno do tema, sob diferentes aspectos e pontos de vista.
A Agência UFRJ de Inovação, membro do FORTEC desde a sua fundação, estará presente nesse encontro, que irá abordar também questões relativas ao Patrimônio Genético e Proteção do Conhecimento Tradicional Associado, à valoração de tecnologias, à Lei de Inovação Brasileira e o Bay-Dole Act Americano, ao novo Código Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação, à Transferência de Tecnologia, entre outros.
Tecnologias verdes: tecnologias limpas e/ou sustentáveis criadas nas Entidades de Ciência e Tecnologias associadas ao FORTEC nas mais diversas áreas do conhecimento: energia, química, materiais, ambiental, nanotecnologia, biotecnologia, entre outros, especialmente concebidos e produzidos para prevenir, compensar, aliviar ou melhorar o ecossistema e a qualidade de vida das pessoas.

Para maiores informações acesse http://www.fortec-br.org/

24 de março de 2012

Lixo mancha imagem da cidade da Conferência Rio+20


Reciclagem combate a poluição e é fonte de lucros na Europa

Em 1992, quando sediou a maior cúpula mundial sobre meio ambiente, o Rio inaugurou uma usina de triagem de lixo no Caju, com a perspectiva de implantar um programa de separação e reciclagem de resíduos. Duas décadas depois, o órgão tornou-se um símbolo da ineficiência da cidade na questão da destinação do seu lixo. Com tecnologia defasada, a usina revelou-se um gato vendido por lebre. Não chega a ser novidade, pois a falta de planejamento, e má execução, são traços comuns no poder público.

Os vinte anos entre a Rio 92 e a cúpula sobre desenvolvimento sustentável que, em junho, fará o balanço do legado do encontro do início dos anos 90 revelam um inquietante contencioso: a cidade-sede da Rio+20 vai para a nova rodada de discussões sobre o futuro ambiental do planeta sem ter feito o mais elementar dever de casa. O lixo aqui produzido ainda é um grande problema. Diferentemente de grandes cidades, principalmente europeias, nas quais a reciclagem faz parte de eficientes programas que reduzem a poluição e, inclusive, geram lucros, o Rio ainda enfrenta a questão com métodos e perspectivas anacrônicos.

O problema se mede em números impressionantes, como mostra a série de reportagens que o GLOBO publica. O Rio recicla apenas 3% do lixo que produz (252 toneladas das 8.403 geradas a cada dia). A Comlurb, empresa responsável pela coleta e destinação, tem ínfima participação — apenas 0,27% — nessa fatia, por si só exígua. A coleta seletiva é incipiente: dos 160 bairros da cidade, apenas 41 são cobertos, e mesmo assim de forma parcial, por esse sistema de recolhimento de detritos, essencial para a implantação de programas de reciclagem.

Na outra ponta do problema, onde o lixo é produzido, inexistem campanhas que estimulem a população a separar os detritos antes de vazá-lo. De maneira geral, a iniciativa privada também pouco se engaja. Mas, por outro lado, condomínios e companhias que procuram fazê-lo esbarram na falta de coleta seletiva mais abrangente. É um círculo vicioso e, pior, crescente, pois a cada ano que passa um volume maior de dejetos recolhidos reduz a margem de ação da prefeitura.Não é, no entanto, questão insolúvel. Capitais europeias recuperam, em média, 40% do seus resíduos. Há registros extremos de reciclagem, em Tóquio e Berlim, por exemplo, e de transformação do lixo em fonte de lucros. Empresas privadas alemãs, suecas e belgas faturam milhões com a reciclagem. A sueca Boliden AB teve em 2011 um volume de negócios de 4,5 bilhões de euros, enquanto a alemã Aurubis registrou uma movimentação de 13,3 bilhões.

Há soluções, mas o Rio parece ainda muito distante delas. É possível que, premido pelas exigências da Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e cobra ações concretas dos municípios até agosto em relação à destinação do lixo produzido, a prefeitura comece a buscar soluções e a enfrentar um problema que se avoluma. Na cidade da Rio+20 — e da Copa e das Olimpíadas — é hora de fazer o dever de casa.


Fonte: Jornal O Globo 

Nota: Talvez agora com o olhar do mundo em cima do Brasil, e principalmente na Cidade Maravilhosa, por conta da Copa e das Olimpíadas, os governantes tomem vergonha na cara e invista em ações para destinação adequada do lixo. O Brasil tem ficado marcado pela imagem de um país que deixa tudo pra última hora, não me admira que não queiram perder tempo com o que realmente importa. Costumo dizer que a gente erra uma vez para não errar duas. Vamos lá Rio, esta é sua segunda chance! por Renata Pio

12 de março de 2012

Comportamento em evolução




Estava  hoje pensando na minha trajetória desde a criação do blog. Algo bem linha do tempo mesmo sabe. Comecei a trazer  à memória como eu me comportava em relação ao lixo na rua, em relação ao lixo na areia da praia, em relação à lata de alumínio no canto da calçada, em relação ao adulto jogando o lixinho pela janela do ônibus e tantas outras cenas do cotidiano. Isso porque no final da aula de Filosofia, agora a noite na faculdade, ao retirar-me da presença do professor depois de sanar as minhas dúvidas, deparei-me com uma solitária lata de alumínio de suco DelVale em cima de uma carteira. Não pensei duas vezes, exclamei um “Ah, uma lata!”, peguei-a da cadeira e sai com ela na mão como se eu tivesse resgatado um gatinho da enchente _ sabe aquela cara de “vou morrer sozinho em cima desta árvore?!”.Só que  não era um gato, era só uma lata. Mas aí é que está o "x" da questão, hoje eu consigo agir sem me importar com o que vão pensar de mim, quando antes eu reprimia a minha vontade por me preocupar com minha imagem. E isso é legal, pois, quando nos tornamos protagonistas, fazemos o papel mais importante. Ou seria melhor ser apenas expectadora e deixar o mundo sem minha contribuição? Hoje posso dizer com toda certeza que prefiro ser protagonista (gosto desta palavra, me sinto importante rsrsrs). Tudo bem, a lata poderia chegar a um destino ecologicamente correto, mas acontece que o Brasil, apesar de estar no topo do ranking neste quesito, só recicla 95% de suas latinhas de alumínio. E se esta latinha fosse parar no percentual dos 5%?  E aí?
Pelo menos, trazendo comigo pra casa eu sei que o destino dela está garantido: Posto de Coleta Seletiva do Supermercado Extra, depois Cooperativa do bairro, depois fábrica, e depois, plim! Posso estar com ela de novo nas minhas mãos. Que coisa linda!!!
Não é mágica, é só ser otimista e agir. Toda caminhada inicia com o primeiro passo.
E a latinha? Está ali na área de serviço junto com os outros quase 30 itens para entregar pra reciclar.
Quanto ao que vão pensar de mim? Eu canto: “Quem sabe, faz a hora, não espera acontecer”

O processo retoma seu ciclo se todos nós tivermos ATITUDE.

Renata Pio

6 de março de 2012

Maracanã na "onda verde"


Os maiores e melhores estádios do mundo estão seguindo um padrão de sustentabilidade visando buscar melhoras para o futuro da população. Com o Maracanã não vai ser diferente. Em meio às obras de modernização exigidas pela Fifa, o Governo do Estado, através da Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro (Emop), criou e já começou a executar um projeto inovador para o Novo Maraca.


 





Para que o Maior do Mundo receba a certificação ambiental, as melhorias serão baseadas no sistema LEED (Leardership in Energy and Environmental Design), do Green Building Council Brasil. Assim, o Templo do Futebol, que reutilizará água e usará energia solar, entre outras coisas, terá um selo que garante que o estádio é um empreendimento com desempenho sustentável.

Para o presidente da Emop, Ícaro Moreno Júnior, o acontecimento é motivo de orgulho, já que no Brasil poucas construções possuem um sistema inteligente como esse. Assim, ele enxerga o projeto como um passo à frente e, mesmo afirmando que não é fácil trabalhar com sustentabilidade por conta do alto custo, acredita que a população irá agradecer no futuro.

“Existe uma série de questões ambientais que nos levam a buscar essa saída, como o degelo, o buraco na camada de ozônio e as mudanças climáticas, por exemplo. Reciclar materiais e bens naturais é uma nova forma de ver o mundo”, explica, lembrando que o consumo de água será reduzido em 30%.

Quanto aos moradores da região do Maracanã, o dirigente garante que nada foi modificado. Segundo ele, esse modelo sustentável está sendo adotado, inclusive, nesse período de obras, o que garante menos emissão de poluentes, além da atenção dada à drenagem do local.

Operários também apóiam o projeto

O carpinteiro Denilson dos Santos também mostra orgulho por trabalhar em um canteiro de obras sustentável. De acordo com ele, além de ser um prazer ajudar a construir um dos mais conhecidos estádios do mundo, ajudar na preservação do meio ambiente é muito importante. “O mundo está precisando melhorar nesse sentido e acho importante ajudar a contribuir com isso diariamente.”, contou.

Como o Maracanã será privatizado e o Governo não terá acesso à sua gestão, ainda não se sabe se este modelo será adotado após a entrega do estádio. No entanto, Ícaro acredita que a empresa responsável terá consciência ambiental e adotará sistema parecido, até mesmo de ações com os visitantes do Novo Maraca.


Fonte: Lancenet.com.br

24 de fevereiro de 2012

Que tal alugar uma bike?



 

Você com certeza já deve ter visto uma dessas por aí.

Chamando a atenção não só pela quantidade (já são 600 espalhadas pelas 60 estações), mas principalmente pela cor contrastante, elas chegaram de vagar para acelerar a mobilidade daqueles que moram perto do trabalho e querem adotar uma rotina de qualidade de vida,  ou daqueles que gostam de caminhar e admirar a orla do Rio e, porque não, daqueles que buscam alternativas de minimizar sua pegada ecológica. Uma boa opção para quem gostaria de ter uma bicicleta mas não tem espaço em casa para guardá-las, ou para aqueles que não querem ter dor de cabeça com manutenção e gastos extras. São as bicicletas do projeto Bike Rio, um projeto de sustentabilidade da Prefeitura do Rio de Janeiro em parceria com o banco Itaú e o sistema de bicicletas SAMBA.
As bicicletas ficam disponíveis em estações distribuídas em pontos estratégicos da cidade, caracterizando-se com uma solução de meio de transporte de pequeno percurso para facilitar o deslocamento das pessoas nos centros urbanos.
Estou esperando inaugurar uma estação próximo à Praça XV para ir pedalando pra faculdade com minha colega de trabalho e acadêmica Nathália Carballo, do blog relatoverbal.blogspot.com
Mas, porém, entrando... como todo fato tem dois lados da história, esta iniciativa tem gerado indignação para aqueles que não aceitam a ideia de serem um “outdoor ambulante”, como repúdio a cor de destaque que é marca do Itaú e também ao próprio nome “Itaú” destacado no paralama traseiro das bikes. Eu, apesar de ser forçadamente correntista,  a velha história da necessidade faz o gato pular _ ou seria: faz o ladrão?!_ enfim, deixa pra lá rsrsr... gosto, aprovo e apoio!

E aí, qual a sua opinião? Aguardo seu comentário.

Para conhecer melhor o Projeto, como funciona, estações próximas, acesse: http://www.mobilicidade.com.br/bikerio

Consumo colaborativo é o novo escambo 2.0


Através da teoria dos 3Rs - redução do consumo de resíduos, reutilização dos produtos e reciclagem - o consumo colaborativo tem crescido no País


Trocar e compartilhar bens de consumo e não comprá-los. Essa é a ideia sustentável por trás doconsumo colaborativo, fenômeno que vem crescendo em todo o mundo e que aos poucos chega ao Brasil.

A tendência do consumo colaborativo cresce em torno da teoria dos 3Rs (três erres): redução do consumo de resíduos, reutilização dos produtos e reciclagem ao final da vida útil. A transformação do bem em serviço é o que faz a proposta ser tão atraente para a expansão do pensamento de que "o que é seu, também é nosso".

São serviços que através da internet adaptam a antiga prática do escambo à era digital com a criação de websites que oferecem a troca, aluguel, empréstimo e até doações de qualquer tipo de bem, sem equiparação de valor.

As ofertas são as mais inusitadas possíveis. Vão desde o aluguel de carros por períodos fracionados em horas, empréstimo de furadeira para uma reforma rápida ou a troca de um livro que estava encostado na estante.

Foi um movimento que ganhou força nos Estados Unidos e Europa após a crise econômica mundial de 2008 e que fez com que os consumidores desses países buscassem alternativas para economizar dinheiro e tirar alguma vantagem no reuso de produtos que já possuíam.

Nos Estados Unidos, sites como o Swap são febre entre os consumidores e suas ações costumam também ir além da rede mundial de computadores. O serviço realiza campanhas para troca de livros e uniformes em escolas infantis, incentivando desde o início as crianças a desenvolverem uma consciência de consumir menos e compartilhar mais.

Mas no Brasil isso ainda não ocorre com tanta força, pois a classe média ainda está em crescimento e, portanto, consegue comprar mais, diminuindo essa margem para o empréstimo ou troca de produtos.

Porém, a consciência ambiental dos brasileiros é considerada mais representativa do que em outras regiões e é justamente neste pensamento sustentável que sites de consumo colaborativo no Brasil apostam para um rápido crescimento desse novo mercado que poderá ajudar a reduzir o impacto da materialização desenfreada entre os cidadãos e do acúmulo de lixo e resíduos sobre o meio ambiente.

Por aqui alguns sites já começam a se destacar oferecendo diversas opções de serviços, como o aluguel fracionado de carros da Zazcar, o espaço de coworking da The Hub, o bazar virtual Enjoei e até de crowdfunding do Catarse onde é possível pedir apoio financeiro a projetos.

É o momento de criar esse pensamento colaborativo. O consumo individual e desenfreado já é algo do século passado. Compartilhar produtos é a mais nova e melhor alternativa já criada", afirma Gabriel Schon, criador do INIO (I Need, I Offer), sistema de trocas e consumo colaborativo para Facebook.

O INIO surgiu há pouco mais de dois meses como parte do trabalho de conclusão de curso (TCC) da faculdade de TI que Gabriel cursava. A ideia veio da vontade de adquirir uma câmera fotográfica para realizar um projeto. Mas ao perceber o alto preço que teria de pagar por ela, resolver criar um espaço onde os conhecidos poderiam trocar qualquer tipo de objeto.

E este é um dos motivos pelo qual optou por utilizar a plataforma do Facebook para lançar seu serviço. Segundo Schon, a rede social permite criar uma maior confiança entre os usuários, pois seria possível avaliar o perfil da mesma e manter contato por meio de um canal em comum.

Atualmente já existem mais de 1.100 pessoas cadastradas no serviço, e que trocam ou emprestam os mais variados produtos como livros, jogos de videogame e mesmo CDs. Na opinião de Schon, essa cultura colaborativa pode diminuir até a pirataria de produtos.

Fonte: Info Line Junho de 2011

Nota: Apesar da matéria ser antiga, conheci recentemente esta maravilhosa prática on line pelo Facebook. Primeiro pelo aplicativo Dois Camelos, e depois através da fanpage Las Amigas Bazar. Mas não nos esqueçamos do velho e conhecido Brechó, sim, os brechós da vida, que com certeza tem um próximo de você, e possuem muitas coisas (não só roupas como muitos pensam) que podem nos servir e custar uma pechincha. A iniciativa de comprar algo que já foi de outra pessoa para muitos é uma ideia absurda, mas não para aqueles que compreendem a necessidade de redução de resíduos para um planeta mais sustentável.